segunda-feira, 5 de abril de 2010

À noite, caiem beijos do céu.

2 comentários:

  1. Horas Rubras

    Horas profundas, lentas e caladas,
    Feitas de beijos sensuais e ardentes,
    De noites de volúpia, noites quentes
    Onde há risos de virgens desmaiadas...

    Oiço as olaias rindo desgrenhadas...
    Tombam astros em fogo, astros dementes,
    E do luar os beijos languescentes
    São pedaços de prata plas estradas...

    Os meus lábios são brancos como lagos...
    Os meus braços são leves como afagos.
    Vestiu-os o luar de sedas puras...

    Sou chama e neve branca e misteriosa...
    E sou, talvez, na noite voluptuosa,
    Ó meu Poeta, o beijo que procuras!

    Florbela Espanca

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  2. Caro(a) Anónimo(a),

    Obrigado pelo sugestivo soneto (um dos meus preferidos da brilhante Florbela).
    Um abraço.

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