Subi as escadas de acesso à recepção da pousada da juventude. Sentia as pernas cansadas. Percorrera, alheado do relógio, da noite, da brisa que anunciava a antemanhã, as ruas estreitas, íngremes, desertas, do centro da cidade.
É antigo, talvez tenha a mesma idade que a do meu cartão de cidadão, talvez seja meu irmão gémeo, o meu deslumbramento, a minha dilecção, percorrer, durante a noite, as ruas das cidades, quando as portas estão trancadas,

Abri a porta da recepção. Cumprimentei e acordei a recepcionista. Ela retribuiu-me o cumprimento que quebrou o silêncio do corredor de acesso aos quartos. Abri a porta lentamente e entrei, deixando um rasto de silêncio, só silêncio.