quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Instantes de um Peregrino sem Fé

2. Estação de Pampilhosa
Desci do Intercidades para apanhar o Regional que, vinte minutos depois, haveria de percorrer toda a linha da Beira Alta. Sentei-me e fiquei a saborear o silêncio da estação quando o comboio parte.
Encostada à estação, encontrava-se a cerâmica Progresso em ruínas. Às vezes, o progresso é uma ruína, arruína, rói, corrói.
Saí da estação pelo sítio errado, atravessando as várias linhas. Procurei, nas redondezas, o local ideal para entreter o estômago. Entrei em três ou quatro cafés. Nenhum era o ideal. Encontro mais facilmente ideais do que locais ideais. Senti o tempo a passar. Entrei numa pastelaria. As mesas da esplanada estavam ocupadas por reformados a ludibriar o tempo. Fui atendido por uma jovem mulher, desejosa por ser amada.

1 comentário:

  1. Olá, atiçador de sonhos! ... Com que então uma jovem mulher desejosa de ser amada atendeu-te na pastelaria! Ai, se ela soubesse! Se ela soubesse que, de algum modo, te marcou, nem que por instantes! Se ela soubesse que hoje, precisamente hoje, estás de PARABÉNS!, fazes anos, enviar-te-ia da pastelaria o mais doce sonho com o seu mais doce olhar e o mais doce sorriso que soubesse desenhar! Assim, envio-te eu um forte abraço e votos de um FELIZ ANIVERSÁRIO! Sabes porque não estou aí, a celebrar contigo, mas sabes que adoraria estar nesse paraíso mergulhado no verde! Faz muitos anos! Sempre! Sempre assim, vivo, amigo, nesta peregrinação de que falas! Ah! parabéns também pelo texto! E, especialmente hoje, outro abraço! Meu e dos meus dois homens, o grande e o pequenote!
    Elisabete

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