Este poema podia ter sido escrito por mim e sobre mim. Também acho que o entendes perfeitamente porque creio que te identificarás um pouco com ele.
É bonito, isso eu sei. Por isso também vai para ti.
Lua adversa
Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser tua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu....
Cecília Meireles
Posso comentar?
ResponderEliminarCaro(a) Anónimo(a),
ResponderEliminarClaro que pode!
Fico grato a todas as pessoas que têm feito comentários.
Cá, do além..., agradeço o facto de ter posto no seu blogue o desenho do meu amigo Arpad e um dos meus poemas.
ResponderEliminarEsquecer-se de dar espaço entre os versos, não é grave. O "tua", em vez de "sua", também não. Deixe, você é uma pessoa elevada!
Nota: O Arpad, também não se melindraria por lhe chamar Apard.
C.Maireles. Desculpe, Meireles.
Cara Cecília Meireles!
ResponderEliminarAgradeço as suas correcções e o seu elogio. Lamento ter machucado o seu poema. Fico feliz por saber que o seu humor, que tanto aprecio, continua mordaz.
Aproveito a oportunidade para enviar um abraço do tamanho do além para o seu amigo Arpad Szenes e três beijos para a Maria Helena Vieira da Silva. Peço-lhe o favor de lhes agradecer a magnífica Fundação que nos legaram de mão por beijar.
Até a uma próxima lua,
Carlos Teixo
Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva,
Praça das Amoreiras,
antiga Fábrica dos Tecidos de Seda,
Lisboa.
O blogue parou, num dia que para muitos terá um profundo significado, mas para mim nada me diz, sim pois acho que o amor, a paixão, o encantamento, o enamorar, não necessita a meu ver de um dia para os seres que o vivem.
ResponderEliminarMas achei interessante o contraste do poema e da pintura do retrato.
Ao deixar o meu comentário, floresceu a curiosidade por tal “Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva”, que por ser referenciada neste dia, talvez tenho uma grande história de amor! Partilha de vidas, uma vida vivida num só olhar.
Termino deixando a letra de uma música, que possa presentear essa relação.
“A Cry 4 Love”
David Fonseca
No one can love me the way that you do
Yeah, i was the captain of my own ship of fools
I fled to the ocean, i aimed for the stars
So your face was a light that kept me saved from the dark
So i say please, say please
Girl you see me smiling
Girl i'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
I jumped to the water, i swam to the shore
Turned up at your doorstep, i slept on your floor
I woke up in panic, i dreamt you were gone
You're gone, you're gone
I stood there in silence with the damaged i've done
But now it's done, it's done so
Girl you see me smiling
Girl i'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
I'll keep on smiling
Girl i'll keep on playing my songs to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
A cry for love
A cry for love
A cry for love
Girl you see me smiling
Girl i'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
I'll keep on smiling
Girl i'll keep on playing my songs to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
You can see the smile
Can't you see the cry for love
It's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
Aguardo novas “oferendas singulares” neste blogue. Onde anda o escritor e o poeta!!!
Então, será que a Carla Pires tem razão? O blogue parou mesmo num dia assim tão, para si, desinteressante!?
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